3/07/2005

Kuan Kun

Divindade protetora das academias de artes marciais(enfoque específico), dos negócios e de tudo que envolva retidão, justiça e coragem. Enquadra-se na categoria de personagens históricos que, por esses atos e pelo reflexo desses sobre o imaginário popular, acabaram transformados em divindades. É um dos personagens mais queridos do folclore chinês, o que faz com que seja um dos mitos mais ricos em histórias, lendas e até escritos e peças teatrais.
Kuankun é um dos mais conhecidos heróis do chamado Período ou Era dos Reinos Combatentes (período histórico situado entre 453 e 221 a.C., quando os reinos de Wei, Wu e Shu, Chi, Yueh e Chin disputaram a supremacia do velho império - o nome China teria nascido de Chin, o reino vencedor); teria vivido entre 160 e 219 a.C.
Entre as histórias que lhe são atribuídas está a que afirma que ele teria sido um rapaz comum do campo que teve que fugir de casa depois de salvar uma garota das mãos de um magistrado cruel. Ele matou o magistrado e, para fugir, ingressou no exército de um dos reinos que então formavam a China.
Outra lenda narra seu encontro com Chang Fei e Liu Pei, do reino de Shu, com quem formaria uma das mais importantes trincas de heróis-divinizados da antiga China. A caminho da conscrição, Kuankun teria encontrado Chang Fei, um açougueiro que desafiava qualquer pessoa a erguer do chão uma pedra de 180 kg, sob a qual estava um grande pedaço de carne. Até então, ninguém havia vencido. Aceitando o desafio, Kuankun ergueu a pedra e se apoderou da carne, provocando a ira de Chang Fei. Os dois começaram uma briga violentíssima, que só foi encerrada com a intervenção de Liu Pei. Mais tranqüilos, perceberam que tinham muitas coisas em comum e se tornaram amigos. Em um campo de pessegueiros, os três fizeram um juramento de amizade pelo qual se obrigavam a viver e a morrer juntos (para muitos chineses, este acordo é um exemplo de ideal de amizade).
Como soldado, venceu muitas batalhas até ser capturado pelo rei de Wu, Sun Ch´üan. Por não se render, foi condenado à morte e executado na localidade de Hsiangyang, em Hupei. A tumba contendo seu corpo estaria localizada em Tangyang e sua cabeça teria sido sepultada em Loyang (Henan), uma localidade situada ao lado do mosteiro de Shaolin.
Sua arma, o Kuan Tao (Kuan To ou Ka Wan Tou) - "espada de Kuan" faz parte do universo de armas do Kung-Fu, sendo praticada na forma de rotina (katy) em vários estilos (inclusive no Shaolin do Norte). O nome da arma, segundo a lenda, é "Dragão Verde".
Características físicas:
As lendas mostram esta transformação do homem comum em divindade: segundo o folclore, Kuankun teria 2,70 metros de altura e uma barba de 60 cm; a face seria vermelha "como uma jujuba", seus olhos semelhantes aos de uma fênix e suas sobrancelhas, semelhantes a minhocas. Nos templos, muitas vezes é representado junto com seu cavalo "Lebre Vermelha" ou, então, cercado por seus auxiliares, o filho adotivo Kuan P´ing e o escudeiro Chou T´sang.
Uma das lendas relacionadas ao Kuankun afirma que ele teria sido fecundado por uma divindade solar e que sua mãe, ao invés de ter um parto normal, teria botado um ovo. O marido, com medo do que pudesse sair do ovo e furioso com o filho que, ele desconfiava, não era seu, tentou destruí-lo quebrando a casca antes que eclodisse. O menino lá dentro estava quase que totalmente formado, a não ser pela face (ainda ver- melha). Mesmo tendo vindo ao mundo antes do tempo, o garoto sobreviveu e cresceu, vindo a se tornar um herói. Não perdeu, porém, o rosto vermelho, fruto da ira de seu pai.

Informação inicial- Texto de Origem Desconhecida

Fonte (Segundo Comentário)
www.shaolincuritiba.com.br
Rodrigo Wolff Apolloni

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá. Por favor, inclua a autoria no texto sobre Kuan Kun. Ele foi escrito por mim e pode ser encontrado no site www.shaolincuritiba.com.br -

Obrigado,
Rodrigo Wolff Apolloni
Curitiba